quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Minha princesinha

Eu já tentei ficar sem respirar, queria ver como seria quando o mundo ficasse sem cor de uma vez, não funcionou. Eu já tentei saltar das alturas, mas minha coragem pulou de todos os penhascos antes de mim. Quis ver sentido nos sorrisos a minha volta, mas parecia tudo sem graça. Aí então eu descobri que já estava mesmo tudo preto e branco, porque dentro de mim havia um trono desocupado. Não adiantava correr, acabaria apenas dando voltas em mim. Mas do nada surgiu uma mão que me tirou do carrossel enjoativo e repetitivo, me puxou pra um doce abraço e eu me senti seguro pela primeira vez em muito tempo. Acho que antes eu não enxergava, não conhecia nada. Porque perdido nesses braços eu vi as cores e como o mundo podia ser lindo, como haviam motivos pra acreditar. Eu acreditei, respirei fundo, enxuguei as lágimas e me apaixonei. O meu trono vazio agora tinha uma princesa linda, que mandava e desmandava; que eu obedecia e desobedecia o tempo todo. O seu sorriso perfeito sempre me deixou bobo, mas o jeito que ela insistia no que queria me deixava louco e me fazia rir secretamente ao negar o que ela queria só pra ouvir sua voz mais e mais. Ela me salvou, me tomou e me amou; acho que é nos seus braços o meu lugar, deve ser onde devo estar. Eu sei que nem todos vão acreditar, mas é pelo amor dela que eu vou lutar.
Lucas Callegaro

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