sexta-feira, 8 de abril de 2011

Impotência

              Vejo suas lágrimas rolarem, vejo sua tristeza estampada e seu desespero explícito. Isso tudo é chocante demais para mim, não aguento esta cena. Vou e volto, ando de um lado a outro da minha mente procurando palavras, não as encontro, elas fugiram de mim...
                   O seu sofrimento me trouxe à tona muitas coisas, principalmente minha impotência. Sou a pessoa que brinca e que briga, que tenta chamar atenção e tem as respostas na ponta da língua. Entretanto nesse momento minha mente deu um nó, estou aqui procurando as palavras e tentando decidir se te deixar sozinha naquele banco azul foi a melhor escolha.
                   Sei que não está chorando por minha causa, mas nesse instante é essa a impressão que eu tenho. Como já disse repetidamente me faltaram palavras, não porque eu tivesse medo de machucá-la ainda mais, mas porque minha garganta secou e até o ar eu perdi. Logo você, a garota fria e que dizia não ter lágrimas estava diante de mim chorando como uma criança perdida, “como uma guitarra dedilhada por um bêbado”.
                Não estive ao seu lado desde sempre, mas nesse momento te abracei e abracei e nesses abraços tentei te passar tudo o que não foi dito. Só quero que você saiba que a partir de agora eu sempre vou estar aqui.

terça-feira, 5 de abril de 2011

MINHA VIDA


        O que vou escrever nas próximas linhas não é algo extraordinário, mas também não é trivial... É necessariamente no sentido figurado.
        Hoje eu descobri através dos meus óculos escuros um rosto triste e talvez com raiva mesclada, cujo olhar atravessado me preocupa. Através dos meus olhos escuros observo essa pessoa, não sei se está pensando ou se está à toa, mas através dos óculos escuros vou parar de olhar, pois descobri que essa pessoa está a me observar.

Por: Ivan de Lima Sales Júnior